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Como saber como está minha saúde mental?

Atualizado: 10 de dez. de 2023







Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.


Esse estado de bem-estar pode ser medido de algumas formas como os inventários de ansiedade e depressão de Beck ou formas menos tradicionais, que eu particularmente gosto muito, que é um exercício bem simples e fácil de se fazer logo nas primeiras sessões de psicoterapia chamado roda da vida, um marcador do que é importante para a saúde mental do paciente. A roda da vida, criada por Paul Meyer, é um gráfico de pizza dividido em 12 pedaços. Cada pedaço é composto por importantes pilares para uma boa saúde mental, com aspectos de qualidade de vida, pessoal, profissional e de relacionamentos. Após preenchê-lo, com base no autoconhecimento adquirido, é possível verificar as áreas da sua vida que estão mais adequadas e as áreas que faltam um reforço.


Um dos aspectos a serem considerados para melhorar a saúde mental é a prática de exercícios físicos. A saúde física auxilia a saúde mental e o inverso é verdadeiro, já que a prática de exercícios físicos modula a produção de diversos neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, como a serotonina e endorfina. Mais ainda, estudos demonstraram que quando nos exercitamos ocorre um aumento do fluxo sanguíneo em regiões do cérebro, como o córtex pré-frontal, que em pacientes depressivos é deficitária. E não importa o exercício praticado, por isso escolha o que mais lhe agrada. Com a prática de exercícios ocorre uma melhora da saúde física que por sua vez influencia a saúde mental, já que a autoestima é melhorada ao ter um corpo mais condicionado para o dia a dia e sem dores, fora é claro, que a autoimagem é percebida de forma mais agradável.


Todos vivenciamos algo que nos incomoda e a terapia nos ensina que não são as situações que nos fazem sofrer e sim o que pensamos a respeito delas. Não podemos ficar presos a interpretações distorcidas, devemos trabalhar e ter outras interpretações mais realistas que não nos façam sofrer. O princípio básico da terapia cognitivo comportamental (TCC) que é empregado aqui, é a reestruturação cognitiva. Isso ocorre quando não focamos no primeiro pensamento que temos decorrente de alguma situação estressante (pensamento automático), e focamos em outros pensamentos mais racionais (pensamento alternativo). Aprendemos então a sermos mais flexíveis em nossa vida.


Como vimos, a saúde mental é muito mais do que a ausência de doenças. É possível com a TCC, além de tratar sintomas envolvidos em situações comuns de ansiedade, depressão e dores crônicas, trabalhar em como nos tornarmos mais felizes e construirmos uma vida mais saudável tanto física, quanto mental, que como vimos são uma via de mão dupla.

 

Referências

 

Kandola A, Ashdown-Franks G, Hendrikse J, Sabiston CM, Stubbs B. Physical activity and depression: Towards understanding the antidepressant mechanisms of physical activity. Neurosci Biobehav Rev. 2019 Dec;107:525-539. doi: 10.1016/j.neubiorev.2019.09.040. Epub 2019 Oct 2. PMID: 31586447.

 

Beck, A. T; Rush, A., Shaw, B., E Emery, G. Terapia cognitiva da depressão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997

 

World Health Organization. Mental health: strengthening our response. Fact sheet 220; 2014 [cited 2014 Mar 25]. Available from: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs220/en/.         [ 

 

 

 
 
 

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©2023 por Ricardo Amadera Psicologia

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